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O lado desafiador no processo do autoconhecimento!


Close do rosto de mulher, Lucia Ferraz.

No meu trabalho com desenvolvimento humano e facilitação de processos, tenho acompanhado as pessoas em seus desafios mais profundos e, muitas vezes, silenciosos.


Quando uma pessoa decide buscar algo melhor para si e sair da zona do desconforto, algo se destaca como ponto de virada real: a disposição para olhar para dentro.

É nesse ponto que o autoconhecimento deixa de ser uma ideia abstrata e se torna uma prática transformadora.

Mas é também aí que vem a parte mais difícil: autoconhecimento não é só se encontrar — é também se encarar.


Close do rosto de mulher segurando caneca e usando óculos, Lucia Ferraz.

Falar sobre virtudes, potencial e propósito é inspirador. Mas existe um aspecto menos glamouroso, porém essencial: reconhecer o que evitamos ver em nós mesmos.


Um dos assuntos mais espinhosos no campo nesse campo é encarar a própria sombra, aquele lado oculto que preferiríamos deixar bem escondidinho.  — É duro reconhecer aspectos nossos que são negados, reprimidos ou considerados inaceitáveis e isso inclui:

               •             Raiva mal resolvida;

               •             Inveja ou ciúmes escondidos;

               •             Medo de fracassar (ou de ter sucesso);

               •             Necessidades emocionais não assumidas;

               •             Comportamentos tóxicos que justificamos.


Costumo chamar isso de “parte oculta” — comportamentos repetitivos que sabotam nossos relacionamentos, inseguranças que travam nossas decisões, emoções que preferimos reprimir.


É difícil porque mexe com a imagem que temos (ou queremos ter) de nós mesmos. Mas, paradoxalmente, é nesse mergulho que mora o maior poder transformador.

É desconfortável. Mas também é onde moram os maiores saltos de crescimento.


Carl Jung dizia:

“Aquilo que você nega se submete a você. O que você aceita, transforma.”

 

O autoconhecimento real exige coragem para atravessar essas zonas cinzentas.


E isso vale tanto para a vida pessoal quanto para o ambiente profissional — onde nossas sombras (ou partes ocultas) costumam se manifestar em atitudes inconscientes, reatividade ou falta de clareza nos limites.

 

Encarar-se é um ato de honestidade e de potência.

E você? Qual parte de si anda evitando observar?
 
 
 

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